Com a atualização da NR-1, os riscos psicossociais ganharam destaque como parte essencial da gestão de saúde e segurança no trabalho. Embora muitas empresas ainda tratem esses fatores como “invisíveis”, seus impactos são reais e profundos — podendo levar ao adoecimento físico e mental dos trabalhadores.
O que são fatores de risco psicossociais?
Fatores de risco psicossociais são condições relacionadas à organização e ambiente de trabalho que afetam diretamente o bem-estar emocional e psicológico do colaborador. Entre os principais, podemos destacar:
- Carga excessiva de trabalho;
- Falta de reconhecimento;
- Pressão constante por resultados;
- Falta de propósito ou significado nas tarefas;
- Assédio moral ou ambientes hostis;
- Insegurança no emprego.
Esses fatores, quando não gerenciados, podem resultar em síndromes como burnout, depressão, ansiedade, insônia e até doenças físicas, como dores musculares e fadiga crônica.
Dois extremos, um mesmo risco
Situações distintas podem levar ao mesmo desfecho: o adoecimento. De um lado, a falta total de desafios e propósito, como ocorre em funções repetitivas ou sem conexão com objetivos claros. Do outro, a sobrecarga de tarefas e a pressão constante por produtividade. Em ambos os casos, o trabalhador sente sua saúde mental ser afetada, levando à perda de motivação, irritabilidade e até pedidos de desligamento.
Infelizmente, nem todos têm a opção de sair de um ambiente tóxico. E é aí que o papel das empresas se torna ainda mais crucial.
A importância da NR-1 na prevenção desses riscos
A nova redação da NR-1 obriga que empresas incluam os riscos psicossociais em seus Programas de Gerenciamento de Riscos (PGR). Isso representa um avanço, mas também traz o desafio de identificar e tratar riscos subjetivos, muitas vezes invisíveis aos olhos da liderança.
Para atender à NR-1 de forma eficiente, é necessário que os empregadores:
- Realizem mapeamentos periódicos dos fatores psicossociais;
- Escutem os trabalhadores de forma ativa;
- Criem canais de apoio emocional e psicológico;
- Invistam em treinamentos sobre saúde mental e qualidade de vida;
- Promovam um ambiente de trabalho saudável e equilibrado.
Conclusão
Os fatores de risco psicossociais deixaram de ser apenas uma preocupação invisível. Com a nova NR-1, eles passam a ser uma responsabilidade legal das empresas. Mais do que evitar multas, prevenir esses riscos é investir em produtividade, retenção de talentos e, acima de tudo, em um ambiente de trabalho mais humano.
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